8. Pesadelo Yeti


POV Narrador

Quando os Guardiões das Estações se aproximaram da Fábrica de Brinquedos do Norte, notaram que havia algo errado. Para começar ninguém via os yetis, o lugar estava deserto e fechando com chave de ouro havia uma espécie de campo de proteção, parecido com uma bolha de sabão ao redor do território.

“É seguro Jack?” Soluço perguntou gritando

“Acho que sim.” Jack respondeu duvidando de si mesmo

Jack voou com Rapunzel e atravessou o campo, nada lhe aconteceu.

“Pode vir Soluço.”

“É normal a clarabóia ficar aberta Jack?” Rapunzel perguntou

“Eu não sei.”

Banguela e Jack entraram pela clarabóia e pousaram no chão graciosamente. Soluço ajudava Merida a descer quando Rapunzel deu grito atraindo a atenção de todos.

Uma linha de Globos de Neve enorme estava de frente ao globo e dentro deles, de olhos fechados, flutuando como se estivem na água estavam os guardiões.

“O que houve aqui?” Merida perguntou engasgada.

Um ruído veio de um canto afastado da oficina. Merida preparou o arco e Jack entrou na frente de Rapunzel com o cajado apontado ameaçadoramente para o local do ruído. Uma silhueta se formou e Jack relaxou.

“Tudo bem gente.” Disse ele aliviado. “É só um yeti.”

Apesar das palavras do guardião, Merida não abaixou o arco e franziu a testa, olhando firme para silhueta.

“Meri...” Jack perdeu a voz, quando o yeti apareceu.

Os olhos do yeti, não eram verdes, eram negros, como as trevas, como a noite, como o Breu. O yeti avançou e Merida o golpeou com seu arco, fazendo ele se desequilibrar e bater a cabeça em uma das vigas do local. Mais yetis saíram das sombras e rapidamente cercaram os quatros.

“Ok. Eu e Merida pegamos os da direita e o Soluço e a Rapunzel pegam os da esquerda.” Jack sugeriu enquanto segurava firme seu cajado.

“Uma ótima idéia.” Soluço aprovou.

“Certo. No três.” Merida disse “Um... Dois... Três!”

Jack e Merida golpearam os yetis com suas armas, fazendo com que eles se confundirem com a surpresa. Dando chance para que Rapunzel e Soluço corressem para longe da briga e agarrassem os violões que estavam encostados no canto da oficina.

“Argh... Como eu queria minha frigideira.” Rapunzel disse desgostosa acertando um yeti na cabeça, quebrando assim as cordas do violão.

“Só eu que acho que essa divisão de equipe foi uma droga?” Soluço perguntou no mesmo momento que seu violão era partido em dois

“Não, eu também estou achando.” Rapunzel respondeu pegando o que restava do violão de Soluço.

“Fala sério. O seu também já foi?”

Rapunzel arremessou os restos do seu violão na cabeça de alguns yetis. Acabando assim com as “armas” dos dois. Outros yetis se aproximaram.

“Alguma idéia?” A loira perguntou olhando ao redor.

“Frigideira!” Soluço gritou.

“Ótimo. Encontre uma para mim também...”

“Não. A sua frigideira Rapunzel!”

Soluço apontou para o canto da sala, onde a frigideira de ferro batido repousava. Rapunzel rapidamente montou uma estratégia:

“OK plano C.”

“Plano C?”

“Cabelos!” Rapunzel respondeu atirando seu cabelo na perna de um yeti.

Os fios loiros se enroscaram e ela deu forte puxão fazendo levando o yeti no chão, que por sua vez acabou caindo por cima de mais alguns.

“E agora a segunda parte do Plano C.”

“E qual é?

“Correr!”

Soluço e Rapunzel correram para o outro canto da oficina, com vários yetis em seu encalço. Enquanto isso Merida e Jack golpeavam quando podiam, estava dando certo até que um foi mais esperto que Jack e agarrou o cajado do garoto.

“Ei, isso é meu cara.” O Guardião disse indignado.

Merida golpeou dois yetis e correu na direção do yeti que agarravam o cajado de Jack. Quando iria acertá-lo o yeti se virou e com sua mão livre arremessou a ruiva do outro lado da sala.

“Merida!” Jack gritou e a raiva tomou conta do seu corpo.

Sem querer ele fez gelo se formar no cajado e acabou congelando o yeti, deixando apenas o braço que segurava o cajado de fora. Outros yetis se aproximaram e Jack começou a congelá-los. Havia congelado pelo menos uma dúzia quando viu pelo canto do olhou Rapunzel e Soluço correrem para o outro canto da oficina.

“Abaixa!” Merida gritou e acertou um yeti que Jack se esquecera de congelar.

“Obrigado.” Jack agredeceu com um sorriso torto.

“Disponha, picolé.”

“Iremos começar com os apelidos, lareira?

“Você sabe que os meus serão os melhores, iceberg.”

Um grupo de yeti surgiu de um canto da oficina e começou a andar na direção dos dois.

“Droga, eles são como piolhos. Paralisa um, aparece três.” Merida disse irritada.

“Temos que encontrar um jeito de pará-los todos de uma vez.” Jack comentou “Mas até lá...”

Do outro lado da oficina Rapunzel e Soluço tentavam chegar a frigideira. Eles estavam perto quando um yeti acabou pisando no cabelo de Rapunzel e a garota acabou sendo jogada violentamente para trás.

“Rapunzel!” Soluço gritou e antes de a loira bater a cabeça no chão e perder a consciência.

O viking pensou em socorrê-la, mais ele a ajudava mais pegando a frigideira e acertando a cabeça de alguns yetis. Correu, o mais rápido que pode, agarrou a frigideira, deslizando no piso e acertando a cabeça de yeti em seguida. Ele já havia acertado uma dúzia quando algo agarrou por trás e o lançou em direção a uma estante de robôs de metal.

Um pó dourado apareceu ao lado de Rapunzel e se transformou em um cajado dourado com uma pedra rosa. O grito de dor de Soluço fez Rapunzel acordar e agarrar o cajado. A loira correu na direção dos yetis que cercavam o viking, quando estavam próximo de acertá-lo, ela parou e com uma voz firme disse:

“Eu te liberto do controle das trevas.”

No mesmo momento, os yetis pararam de atacar e seus olhos voltaram a sua cor original. Os yetis congelados por Jack soltaram uma serie de grunhidos de protestos, enquanto os que iriam atacar Soluço colocavam as mãos no rosto e soltavam uma enxurrada de ruídos assustados.

Jack e Merida correram até onde Rapunzel e Soluços estavam e ajudaram a loira a levantar o viking.

“Eu estou... quebrado.” Soluço disse abatido.

“Você poderiam levar ele, para um local confortável?” Merida perguntou a um yeti.

“Uhjkldgh.” O Yeti disse e como pegou Soluço nos braços, Merida entendeu que era um sim.

O viking já partia com o yeti, quando disse:

“Formamos uma bela equipe.”

Os três sorriram e Jack disse impressionado:

“Então loirinha, arrasou com o cajado mágico,einh?”

Rapunzel arregalou os olhos e olhou para o cajado dourado como se já houvesse esquecido que estava com ele.

“Bem, ele meio que apareceu para mim.” A loira respondeu tentando controlar seu espanto.

“O Jack tem um, agora você. Só falta o meu e o do Soluço não é?” Merida disse olhando para os cajados

“Como Rapunzel disse, ele apareceu para ela. E só dá um tempo que ele aparece para vocês também.” Jack disse “E acredite isso não é um problema, aquilo é um problema.

As garotas acompanharam seu olhar que era dirigido para os guardiões presos nas bolas de neve.

“Eu acho que quebrar o vidro, não é uma opção.” Rapunzel comentou.

“Nem tentar acordá-los.” Merida falou.

Jack assentiu.

“A resposta para isso deve estar em um lugar.”

“Onde?” Merida quis saber.

“No Livro dos Guardiões.” Jack respondeu.

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