O início de minha missão
LILITH
Eu nadava pelas águas escuras e frias, em direção à superfície, ignorando a rigidez de meus músculos. Minha reserva de ar já havia ido embora e meus pulmões doíam à medida que eu lutava para não desmaiar. Após minutos de luta, consegui emergir para a superfície, arfando e cuspindo água. Agarrei com força a borda da calota polar e me arrastei para fora da água, engatinhando pelo gelo, tossindo descontroladamente até cair de cara no chão.
O frio era intenso e chegava a congelar meus ossos. Quando eu estava debaixo d’água, eu cheguei a pensar que iria morrer sem cumprir o objetivo inicial de minha missão: Encontrar a Chave da Lua.
Sentei ajoelhada no chão e controlei minha respiração, enquanto passava a mão pelos meus curtos cabelos negros, que agora estavam grudados na minha testa e na minha nuca. Contemplei a adaga em minha mão direita, sorrindo ao ver uma luz azul iluminá-la. Olhei para os céus e vi a lua cheia azul brilhar timidamente por trás das nuvens negras, que tornavam o ambiente Ártico, sufocante e extremamente claustrofóbico.
“Peço desculpas, MIM, mas é que eu fiz uma promessa...” Sussurrei para a lua e voltei a olhar a adaga, que estava emanando uma forte luz azul.
Continuei fitando o artefato, até que a luz diminuiu, junto com a forma da adaga. Ambas foram diminuindo, até que a luz se dissipou, deixando em seu lugar uma chave antiga forjada em um metal azul escuro.
“E você sabe mais do que ninguém, que quando um Filho do Sol promete algo, ele tem que cumprir.” Completei mentalmente e fitei a chave, erguendo-a no ar e admirando-a.
Merida, Jack, Soluço e Rapunzel, me perdoem pelo o que estou fazendo.
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