13. Eu Invoco Uns Demônios


LILITH
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EVENTOS SEGUINTES AO CAPÍTULO 07
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Infelizmente, os Filhos da Noite não possuíam WhatsApp.
Logo, a única solução que me restava, era montar um círculo e invocar meus aliados. Bastava achar um local de poder e três pessoas para me ajudar na cerimônia. Eu sabia onde ambos se encontravam: Berk. O pedaço esquecido da história viking, lugar favorito de Jack Frost e dos temidos dragões. Onde a fé permanecia e magia reinava.
Ao me aproximar das sombras daquele tempo, notei uma leve perturbação, resultante do recente ataque dos pesadelos. Preocupação, medo e um crescente desespero tomava conta dos vikings, embora eles tentassem manter tais sentimentos ocultos. Entretanto, eles não podiam escondê-los de mim, tampouco das trevas. Desse modo, sabendo como minha chegada seria estranha e aumentaria o pânico local, mantive-me invisível, andando pelas sombras das coisas para não assustar ninguém.
A manhã estava sendo corrida em Berk. Se havia algo que os vikings eram especialistas, além de matar dragões, era construir... ou reconstruir, tanto faz. Graças aos seus esforços, a vila se reerguia dos destroços causados pelos eventos da noite passada, tendo 50% das casas reconstruídas, 20% sendo finalizadas e 10% demolidas, pois não havia esperanças para estas últimas. Todo o trabalho era feito em harmonia com os dragões e os ex-exilados, que pareciam arquitetos muito bons, preferindo fazer casas simples e seguras, sem muitos adornos. No umbral de todas as portas, novas cabeças de dragão (entalhadas em madeira) estavam sendo colocadas. Mesmo não sendo tão ricamente trabalhadas, elas lembraram-me das peças de Jadis e de sua profecia.
Dizem que mudar o destino nunca dá certo. Felizmente, não estava a fim de mudá-lo, e sim, escrevê-lo. Não importa o que acontecesse, daria um jeito de cumprir minha promessa e ainda garantir o sucesso do The Big Four. Claro que isso seria mais difícil, do que as tretas de Missão Impossível; mas também, se não fosse, não seria chamado de vida. E se o gostoso do Tom Cruise conseguiu fazer tudo aquilo dá certo, por que eu, mais linda e poderosa que ele, não podia fazer o mesmo?
Agarrando-me a este pensamento, continuei a buscar Heather e Astrid, ambas velhas amigas minhas. Numa de minhas “visitas silenciosas” a Soluço, esbarrei com a primeira, que estava de volta a Berk para ser aluna efetiva da Academia de Dragões. Graças ao dom mágico e desconhecido que possuía, a morena pode me ver, mesmo eu estando nas sombras, o que despertou minha curiosidade por sua magia.
Com a ajuda da Anciã Gothi, Heather aprendeu o caminho das runas, usando-as secretamente como arma. Foi através desse poder, que ela convenceu os Exilados a deixarem sua natureza bélica para trás e se unirem ao povo de Berk. Astrid, que aprendia o poder das runas dos guerreiros, a ajudou a acalmá-los, tendo é claro, uma lasquinha minha nesse meio.
Juntas, nós três auxiliamos Soluço a unir as tribos, usando lábia e magia, embora o garoto pensasse que tudo fosse fruto da esperteza de Heather. Sei que pode parecer errado, esconder algo tão magnifico do futuro líder de Berk, porém, não era muito sábio, que ele e seu povo soubessem desse poder. Pois, além de viciar, poderia causar discórdia entre os vikings. Além do mais, toda magia vem com um preço.
Felizmente, Heather e Astrid conheciam o limite de suas forças, o que as tornava seres especiais. Tal como as sombras, a magia delas era sorrateira... mutável. Seus feitiços pairavam ao redor da ilha, invisíveis e silenciosos, envolvendo os vilões e os entorpecendo tal como uma boa safra de vinho. Como todo grande poder, isso deixava um rastro, e foi justamente isso que usei para localizá-las com exatidão.
Elas se encontravam na Academia de Dragões de Berk, uma arena circular, feita de pedras com uma grande redoma gradeada e férrea no teto. As antigas celas dos dragões que haviam ali tinham sido mantidas, sendo agora, estalagem para os que estavam de passagem, ou temporariamente sem lar. No centro do lugar, Heather ensinava comandos básicos para o que pareciam ser filhotes do Nadder Mortal de Astrid, a temperamental Tempestade. A loira e a dragoa observavam, juntas, a cena de longe.
Naaamm poooder moooorder humanoooss....” Heather dizia, numa língua sofisticada e engraçada. Lendo seus pensamentos, vi que se tratava de dragonês: um idioma antigo, criado para que os dragões pudessem compreender os humanos melhor. Nunca deu certo, por que faltava de uma magia linguística para auxiliar o processo.
“Desista, Her. Isso não vai dar certo.” Astrid resmungou, de braços cruzados, com ressentimento na voz. “Essas crias de Fornjót não querem nos compreender.”
“Para uma guerreira, você desiste muito rápido, Hofferson.”
“E para uma ex-exilada, você é muito irritante. Quer voltar pro mar, é?”
“Pra você ficar depressiva, sozinha, e cair sob seu machado? Nããão...”
“Meus deuses, vocês se amam.”
Ao ouvirem o som da minha voz, os olhares das garotas se encontraram com o meu. Como acreditavam que eu estava lá, elas podiam me ver, mas não no meu look atual (vestido de época, botas, espartilho e tudo mais), e sim no tradicional: meias calças listradas, vestido de mangas curtas e sapatilhas vermelhas. Até por que, era desse jeito que me apresentava a todos.
“Lil!” Heather gritou, animada, correndo para me abraçar.
Os dragões escolheram justo àquela hora para soltar o verbo. Eles voaram atrás da morena e começaram a nos morder e perturbar, guinchando em uníssono:
“Liiil! Li, li. Liiilll.”
“Argh! Se afastem suas pragas de Musphelhein!” Astrid bradou, arrancando os bichinhos de cima de nós. Eles tentaram atacá-la, mas seu olhar feio os manteve longe. “Lilith! Há quanto tempo!”
“Nem me diga! Parece que não as vejo há séculos!” Retruquei, abraçando-a calorosamente, de forma que seu porte atlético não me intimidasse. “Como vão as coisas?”
“Tivemos um ataque de pesadelos ontem à noite. Nada que não pudesse ser controlado pelos Senhores das Estações e seus amigos Guardiões.” Heather revelou, sorridente.
“È. Aparentemente, minha magia não é muito útil contra pesadelos. Tive que me contentar em proteger o povo das chamas e os dragões do ácido.” Astrid reclamou, frustrada.
“O que nos fez pensar, que está acontecendo alguma desgraça, já que geralmente, os pesadelos não nos ataca no mundo da luz.” Heather completou, olhando-me sugestivamente, com aqueles olhos verdes, carentes por respostas.
“Já vou explicar tudo a vocês. Mas antes temos que encontrar a Gothi e ir para um lugar de magia.” Meus lábios esboçaram um sorriso medonho. “Nós temos uns demônios para convocar.”
[...]
O local de poder escolhido foi as profundezas das Cavernas Caliban, nos Rochedos dos Dragões Selvagens, a oeste da Vila dos Hooligans. Antes de mergulhar na escuridão, olhei uma última vez para o sol, sentindo que estava sendo observada. Aquela altura do campeonato, Clarion e Lunar já deviam ter reunido o The Big Four e feito minha caveira pra eles. Só poderia esperar, que Rapunzel se lembrasse de sua promessa, e não perdesse a fé em mim. Grande parte do meu plano dependia disso.
Desse modo, realizei uma das descidas mais difíceis da minha vida, passando por estalactites perigosas de aspecto mortal. Acreditava pela milésima vez que iria morrer, quando chegamos num salão oval, coberto por pedregulhos afiados, colunas e estalagmites assustadoras. O cheiro de maresia mascarava o odor forte de umidade, presente nas galerias de túneis, cobertos por flores e helictites, claramente visíveis nas entradas conectadas ao salão.
Se afastando do grupo, Gothi inspecionou o local, batendo nas rochas com sua bengala. Ela era uma mulher baixinha, de cabelos brancos, que caiam sobre seus ombros, divido em bolotas, por duas tirinhas. Seu rosto gorducho, tomado pelos seus grandes olhos azuis claros e o nariz torto, achatado, ficava mais em evidência, por conta de seu chapéu viking pequeno de chifres marrons e finos.
Gothi não falava, resmungava. Se tivesse de bom humor, podia até trocar alguns palavras em dragonês, já que não dominava direito o norueguês e quase desconhecia o latim. Conseguia entendê-la de todos os modos, até mesmo na linguagem dos resmungos inteligíveis. Portanto, no momento que ela nos encarou de forma inquisidora, sabia qual era sua pergunta.
“Sim, Gothi. EU tenho absoluta certeza de que quero fazer isso.” Afirmei, convicta, olhando em desafio para a idosa, esperando ela reclamar.
Não aconteceu. Gothi apenas assentiu levemente, apontou para o chão e sorriu. Ela lembrava-me muito o Sandman.
“Então vamos começar.” Heather anunciou, empolgada, assumindo uma posição no lado oeste.
Astrid ficou no sul, Gothi permaneceu no leste, já que tomei a direção oeste. Em sincronia, liberamos as cinzas de dragões e vikings no ar. Elas desfiaram as leis da gravidade, mantendo-se suspensa no ambiente, e assumindo a forma de uma rosa dos ventos ao nosso redor.
“Tem certeza que quer fazer isso?” Astrid perguntou, receosa, não pelo que aconteceria, mas como eu ficaria com tudo aquilo.
“Absoluta.”
A guerreira assentiu e chamou sua runa de poder: Thorn, que brilhou no seu peito. Heather fez o mesmo, chamando pela runa Ansur, que brilhou prata em sua garganta. Gothi chamou por Peorth, que se manifestou em sua testa, na hora exata, que me recordava dos meus momentos I Got Power! e deixava as trevas crescerem em mim. Tinha quase certeza que nessa hora meus olhos ficaram absolutamente negros. Com esse clima, e um tom solene, disse:
.
Com a força de nossa magia, nós os invocamos.
Se dentre vós, alguém responder o chamado,
sabia que queremos a paz, não o confronto.
.
Faz séculos que ninguém os vê,
séculos que não os procuram.
Mas agora os chamo, os Filhos da Noite,
fiéis a verdadeira Rainha Escura.
.
Escute minhas palavras
e venham para luz,
Legião das Sombras.
.
De imediato, a escuridão da caverna diminuiu e as sombras se projetaram para o mundo físico. Nos pontos vazios da rosa dos ventos, quatro formas se solidificaram. Felizmente, as conhecia muito bem, o que certamente evitaria longas discussões.
A primeira era um homem de pele clara e olhos azuis, com as orelhas e dentes pontudos. Seus cabelos pretos e curtos estavam penteados para trás, evidenciando seu rosto comprido. De postura digna de um nobre, vestia um smoking preto, juntamente de sapatos igualmente escuros e uma capa preta por fora, mas roxa por dentro. Era o temido e perigoso Conde Drácula, um dos mais antigos Filhos da Noite.
A segunda figura era outra criatura sobrenatural: um lobisomem de pelos marrons-cinzentos e olhos amarelos. Sua aparência lobo-homem era valorizada por uma camisa azul clara com uma gravata listrada e calça jeans, presas por um cinto marrom. Tinha a expressão cansada e carrancuda, embora tivesse um belo chapéu descolado e listrado sobre sua cabeça. Mas aquilo era normal; Wayne Grey sempre vivia cansado por causa de seus filhos.
A terceira era um garotinho magro e esguio, de pele clara, orelhas pontudas, com cabelos compridos, desfiados e bagunçados, como de um personagem de anime. Trajava calças justas e pretas, com botas igualmente escuras e um sobretudo verde fechado, de abotoadura até o pescoço. Parecia um psicopata em miniatura, principalmente por causa do olhar matador produzido por suas orbes verde-kriptonita. Acredito aquela era realmente a intenção, do bruxo Nien Lemon, senhor da magia da morte.
O vampiro, o lobisomem e o psicopata não me assustavam, mas a última figura, sim. Ela era bonita, de pele clara, bochechas e lábios rosados. Os longos cabelos ondulados e sedosos eram pretos no lado direito, e brancos no lado esquerdo, sendo ornamentos por um delicado headband de pedras corais. Seus olhos azuis claros eram perigosos, encantadores e fatais. Usava sapatos pretos de laços brancos, que combinavam com um vestido preto-e-branco, bordado com folhas e libélulas. Era Ivy De Vil, a verdadeira Rainha Escura, cujo poder mantinham o Mundo Negro ainda “vivo”.
“Lilith! Que bom revê-la!” Drácula cumprimentou-me, como sempre simpático.
“Igual, Drac.” Sorri, sendo contagiada com o bom humor do vampiro. “Como vai a Mavis?”
“Muito bem. Tá a sua cara.” Ele riu. “Ela encontrou um namorado, um humano chamado Jhonny. Eles planejam se casar em breve.”
“Felicidades a eles. Wayne?”
“Wanda teve mais três vira-latas, digo, lobinhos.” O lobisomem suspirou. “A família ocupa um estádio de beisebol, agora.”
Ri de seu desânimo, sendo acompanhada por Ivy. Inevitável meu olhar foi disparado para ela, uma figura tão familiar, e ao mesmo tempo tão distante...
“Eu também estou ótimo, se era o que tu iria perguntar.” Nien comentou, indiferente. “A criatura que dizem ser minha mãe mandou lembranças.”
“Por que a Mal não veio?”
“Por que ela não quis.”
Fiz uma careta, arrancando outra risada de Ivy.
“Tinha me esquecido de como vocês eram divertidos.” Disse, prendendo o riso em um sorriso. Ela me encarou com um olhar de deboche: “Ouvi dizer que ajudou os Guardiões, Lilith. Resolveu finalmente mudar de lado, ou só está fingindo como você sempre faz?”
“Eu nunca fingi. Meu pai me obrigou a ir para o lado de Nyx. Só concordei, por que acreditei que poderia aliviar a situação.” Revelei, lançando um olhar gélido para a rainha decaída. “Prova disso, é que sempre cuidei daqueles que feria, me assegurando que os traidores fossem embora, ao invés de serem exterminados.”
Minha última frase teve peso. A família de Drac, Nien e Wayne, deviam ter morrido pelas minhas mãos, mas ao invés disso os poupei, enviando-os para o Mundo da Luz. Assim, mesmo que não quisessem, eles tinham uma dívida comigo. A única limpa na situação era a ex-rainha.
“Nyx tomou seu trono e te pintou como uma vilã. Crianças cresceram acreditando que você era a desgraça do nosso mundo e a usurpadora do trono, quando da verdade era o contrário. Demorou pra eles enxergarem a verdade, para a Luz se manifestar e a Legião ser formada. Nesse meio tempo, pessoas sofreram, foram corrompidas e manipuladas. Por mais que odeie admitir, eu fui uma delas.“
‘E agora estou presa a uma promessa, que se cumprida, decretará o fim do mundo. O mesmo ocorrerá se acontecer o contrário. Não há escapatória, nem alternativas, muito menos espaço para fingimentos. Contudo, tenho um plano para lhe devolver sua coroa, exterminar os pesadelos, cumprir minha promessa e ainda exterminar Nyx.’
Sorri marotamente.
“Vocês gostariam de ouvir?”
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EVENTOS SEGUINTES AO CAPÍTULO 10
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“Deixa eu ver se entendi. Tu quer que eu. Euzinho aqui, lindo, jovem e maravilhoso, entre num plano, extremamente arriscado, perigoso, que tem 100% de chances de dar errado, e alguém morrer?” Nien perguntou, indignado.
“Isso.” Abri um sorriso sedutor. “Você vai me ajudar?”
“Sem dúvida... não. Nem em mil anos.”
Fechei a cara. Não tinha nem como controlar Nien, o bruxo era fera na arte de lacrar sua mente. Para minha sorte, ele querendo ou não só tinha doze anos, e querendo ou não tinha uma mãe.
“VOCÊ VAI AJUDÁ-LA, SIM, NIEN! SE NÃO CORTAREI SUA SOBREMESA!!!” Mal gritou de algum lugar do além, parecendo estar prestes a se transformar num dragão.
O menino suspirou.
“Se eu morrer, a culpa é sua, mulher.” Resmungou, numa forma que ficou difícil dizer a quem ele se dirigia.
“Eu topo.” Wayne concordou, extasiado, com a língua pendendo pra fora da boca. “Há séculos quero ter uma folga dos meus cãezinhos. E como isso envolve o fim do mundo, a Wanda não vai ter como reclamar.”
“É provável que quando retorne, Johnny e Mavis já tenham reduzido a Transilvânia em cinzas. Mas é por uma boa causa.” Drac sorriu. “Afinal, somos todos uma família aqui.”
Por mais que seja constrangedor admitir, aquelas palavras me tocaram. Sem querer alimentei esperanças de um futuro de paz, onde Nyx e as trevas não existissem e o The Big Four, juntamente com os Guardiões, mantivesse o mundo do jeito que devia ser.
“Todos merecessem uma segunda chance.” Ivy disse, séria e solene. “Estou dando outra a você. Se isso der certo, seus crimes serão perdoados e voltará a ser parte da Guarda da Escuridão. As coisas serão do jeito que devem ser, na versão verdadeira da história.”
Astrid, que permanecera calada, assim como Heather e Gothi, resolveu escolher justo aquele momento para dizer:
“Iremos com você.” Fiz menção de dizer algo, mas ela ergueu o punho, calando-me com um feitiço. “Nem tente dizer que somos frágeis e inexperientes, por que não somos mais. Precisará de magia e guerreiros em sua busca, e somos as duas coisas.”
Com um floreio de mão, libertei-me do feitiço, me sentindo a pessoa mais sortuda do mundo.
“E eu aqui pensando, que teria que amarrá-las e levá-las comigo à força.”
Et prophetiae est formata. (E a profecia é formada) Gothi sentenciou, me dando o raro privilégio de ouvi-la falando em uma das minhas línguas-mãe.
Sorri para ela. Não conseguia parar de sorrir.
“È verdade. Com o ladrão e a fada se juntando ao grupo, os primeiros versos da profecia pertencem ao The Big Four.”
“E os dois últimos a nós.” Wayne murmurou, cabisbaixo, soltando um fraco ganido.
Todos os olhares foram disparados na minha direção. Eu realmente sabia o que eles estavam pensando, mas não podia me dar o luxo de dar pra trás, logo agora.
“Sim, eles são nossos. E espero poder contar com vocês para que se realizem.” Comentei, encarando-os, convicta.
Falar o futuro é fácil, escrevê-lo é complicado, e alterá-lo, difícil. Mas minhas duas melhores amigas, minha rainha e meus irmãos estavam ao meu lado. Ainda que perdêssemos no final de tudo, ganharíamos por dar um fim nas trevas.
E tudo seria como devia ser.

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