02. O verão chega a Berk
MERIDA
Os sábios dizem que não devemos temer os confrontos, pois até os planetas se colidem e do caos nascem estrelas. Porém, os sábios nunca precisaram lutar ou estar num campo de batalha, nenhum deles experimentou a dor que é ver um amigo morrer ou a aflição que você sente ao se entregar a morte. E é ai que vem a ironia: No fundo os sábios não sabem de nada, pois sua visão está limitada a apenas ao que eles podem sentir ou ver. O que os torna incapazes de poder dizem algo sobre a guerra. Devemos temer confrontos sim, pois nosso inimigo sempre nos conhece melhor que nós mesmos.
***
Fazia dois anos, que havíamos derrotado Breu. Graças ao The Big Four, o mundo agora era um lugar onde reinava a paz, a justiça e a ordem. As catástrofes naturais e mudanças climáticas haviam sido controladas, tais como o caos e a violência do mundo. No geral, o futuro e o passado, havia se tornando bons lugares para se viver.
Já havia chegado a hora de o verão aparecer em Berk, e eu estava super animada para me reencontrar com o viking, que me deixava louca e me amava ver irritada. O meu querido e único Solucinho.
Eu não o via há mais de seis meses e já estava morrendo de saudades dele. Da última vez que ele esteve em Dunbroch, meu pai acabou levando-o para suas caçadas e eu e ele ficamos pouco tempo juntos. Mas, agora não. Soluço seria unicamente meu e eu não iria dividi-lo com ninguém.
O dia ainda estava amanhecendo, quando eu deixei o castelo montada no meu cavalo, Angus. Hamish, um dos meus irmãos menores, havia me pedido para levá-lo para Berk, mas eu havia negado e prometido que o levaria da outra vez. Aquilo me lembrou do dia em que Norte me levou para o futuro, me fazendo responder o chamado do Homem da Lua, tornando-me assim, a Guardiã do Verão, protetora da coragem.
Angus galopou velozmente pelas misteriosas e perigosas, florestas escocesas, em direção ao Circulo de Pedra, conhecido pelo futuro como Stonehenge. Aquelas enormes rochas continha uma magia poderosa, o que tornava o local ideal para um fazer um portal entre os ciclos de estações.
Algo preto passou voando pelo meu lado e fez Angus, frear bruscamente me lançando para frente e me fazendo cair no centro do circulo de pedras. Tal movimento trouxe novamente uma onda de dejávú.
“Angus!” Ergui a cabeça para reclamar e me deparei com um corvo caolho pousado em minha cintura.
“Voltando! Voltando!” Grasnou o coro que eu reconheci como sendo da bruxa da cabana Arte & Manhas. “Ela está voltando!”
“Quem está voltando?” Perguntei confusa e o corvo coachou com um sapo, subiu pelo meu corpo e me fitou com seus olhos miúdos.
“Alguém que você deveria temer.” Ele respondeu, num tom assustadoramente humano.
O corvo levantou bateu suas asas negras e ergueu voo na direção da cabana da bruxa. Procurei Angus pela clareira e o encontrei escondido atrás de uma rocha.
“Tá tudo bem, garoto.” Disse indo até ele e afagando sua cabeça. “Não foi nada demais... Pode voltar tranquilo.”
Angus relinchou e cheirou minha cabeça, antes de dar meia volta e galopar para o castelo. Tirei da aljava na minha cintura, meu cajado vermelho, que estava na forma de uma flecha vermelha com a ponta amarelada. Segurei a seta e a fitei, deixando o calor do verão emanar do meu corpo para ela. No mesmo momento, a flecha cresceu e assumiu a forma de um belo cajado vermelho com uma joia amarela que brilhava e reluzia ao sol.
Andei até o centro do circulo de pedras e ergui meu cajado em direção aos céus. Uma forte luz vermelha consumiu meu corpo e me levou do amanhecer de Dunbroch, para o anoitecer de Berk. Só que havia um problema. A magia de Berk estava no ar. Literalmente.
Gritei assustada, enquanto meu corpo despencava das nuvens em direção a terra. Tentei me estabelecer no ar, mas eu estava caindo rápido demais. Quando vi um telhado abaixo de mim, fechei os olhos e cobri o rosto com as mãos, me preparando pelo pior. Choquei-me com as telhas, quebrando-as e caindo junto com elas em dentro da casa. Senti uma forte dor se espalhar pelo meu corpo e uma fisgada em minha perna. Tentei levantar, mas minha visão escureceu e levou novamente ao chão.
“Ei! O que você faz em dentro da minha casa?” Ouvi uma voz masculina rabugenta dizer.
“Desculpa... eu...” Tentei dizer, mas o homem me interrompeu:
“Sem desculpas! Você invadiu minha casa e irá pagar por isso!” Ele disse e uma ovelha baliu ao seu lado, como se concordasse com ele.
“Sem desculpas! Você invadiu minha casa e irá pagar por isso!” Ele disse e uma ovelha baliu ao seu lado, como se concordasse com ele.
Minha visão voltou e pude ver que meu anfitrião era um velho encurvado, que usava um cajado para se manter em pé. Ele tinha longos cabelos brancos e uma barba enorme presa por vários elásticos, seu capacete viking era pequeno e suas roupas estavam totalmente gastas. Havia uma ovelha ao lado dele, gordinha e cheia de pelos. Imediatamente o reconheci, pois Soluço havia me falado muito sobre ele, era Balor, o homem que odiava os dragões com todas as suas forças.
“Por que está me olhando com essa cara estranha? Acha que essa coisa na sua mão me assusta? Você é igual a mim garota.” Balor disse balançando seu dedo esquelético na minha direção. Louco, era isso que ele era.
“Eu não sou como você, nem nunca vou ser. Agora, se me der licença tenho um lugar para ir.” Falei me levantando e pegando meu cajado, rumando em seguida na direção da porta.
“Pode parar por ai!” Balor ordenou se colocando na minha frente. “Você quebra meu telhado e pensa que vai sair impune? Eu vou te levar para o Stoick! Isso sim!”
“Ótimo.” Disse animada e o velho viking ficou confuso. “Onde é que ele está?”
“No salão comunal.” Balor respondeu ainda confuso, mas deixou a rabugentice voltar para seu olhar: “Vou te levar para ele!”
“Eu iria para o salão de qualquer jeito...” Comentei, dando de ombros e acompanhei Balor para fora de casa.
O velho ordenou que eu lhe entregasse meu cajado, para que eu não pudesse fugir. Só concordei entregar, por que mesmo sem o cajado, eu ainda continuava com meus poderes. Descemos a colina onde havia a casa de Balor e logo pude ver o salão comunal. Havia um barulho de música e de uma multidão de vozes, o que me fez pensar que estava havendo algum tipo de festa lá dentro.
“Stoick!” Balor gritou, adentrando no salão e batendo meu cajado no chão, o que fez ele liberar faíscas.
A cantoria e a musica pararam e todas as cabeças do salão se viraram na nossa direção. O pai de Soluço atravessou a multidão e parou bem na nossa frente.
“Merida?” Uma voz sussurrou em um canto do salão e eu tive certeza de quem era antes mesmo de me virar em sua direção.
Meu viking estava exatamente igual da ultima vez que eu o vi. A única coisa que mudou foi a forma do seu cajado, que havia ido de bracelete para um colar com uma conta de madeira.
Meu viking estava exatamente igual da ultima vez que eu o vi. A única coisa que mudou foi a forma do seu cajado, que havia ido de bracelete para um colar com uma conta de madeira.
“Oi...” Sussurrei e os lábios de Soluço se curvaram em um sorriso lindo de se ver. Corri na direção dele, mas Balor me barrou, colocando meu cajado em meu peito.
“Essa garota quebrou meu telhado, Stoick!” Balor bradou irritado.
“E ela vai quebrar sua cara se você não a deixar passar.” Soluço ameaçou e Balor o fitou com seus miúdos olhinhos azuis.
“Fique fora disso, garoto.” Ele ordenou e deu dei um tapa no meu cajado, o fazendo acertar a cabeça de Balor.
“Continuem!” Stoick ordenou sorrindo e acenando para os músicos.
A música voltou a ecoar pelo salão e as pessoas voltaram as suas conversas como se nada tivesse acontecido. Corri para os braços de Soluço, me agarrando ao viking e beijando ferozmente.
“Senti tanto sua falta!” Falei, antes de beija-lo uma, duas, três, quatro vezes seguidas.
“Também senti sua falta. Mas, me deixa respirar um pouco.” Soluço pediu rindo e sorrindo.
“Você não precisa de ar.” Lembrei-o beijando sua clavícula e inspirando seu cheiro inebriante de hortelã. “Você é o próprio ar.”
Soluço riu e me afastou delicadamente, contemplado cada traço de meu rosto. Sorri para ele, que aproximou seus lábios dos meus e me beijou cautelosamente, colocando os limites da decência entre nós.
“Quase morri sem você por aqui.” Soluço me revelou e baguncei seus cabelos castanhos.
“E ele não está sendo nenhum pouco teatral.” Astrid comentou parecendo ao nosso lado. “Como vai, Merida?”
“Vou bem e você?"
“Estou indo.” Astrid respondeu e então apontou para o viking moreno e peludo, que estava sentado numa grande mesa, ao lado de Stoick. “Mas, estaria realmente bem, se ele não estivesse aqui.”
“Quem é?” Perguntei e Astrid fitou o viking parecendo desconfiada.
“È Alvin, o líder dos banidos.” Ela respondeu e eu me lembrei que Soluço me contou algo sobre Berk e os Banidos terem uma desavença entre eles.
“Não me diga que vocês fizeram as pazes com ele.” Pedi e Astrid sorriu fraco e assentiu.
“Foi tudo graças ao Soluço e a Heather. Eles que conseguiram convencer Stoick e Alvin a fazerem as pazes novamente. Agora, a vila dos banidos faz parte de Berk.” Astrid explicou sem tirar os olhos de Alvin. “Por que não a apresenta ao pessoal, Soluço?”
“Humm, claro.” Soluço concordou e se afastou de Astrid que parecia determinada a vigiar todos os atos de Alvin.
“Os banidos vão ficar aqui por muito tempo?” Perguntei, olhando Astrid pelo ombro.
“Não, irão retornar amanhã. Apenas alguns dos jovens vai ficar para aprender a domar dragões.”
“Vejo que a academia está dando certo.”
“A gente até que está conseguindo se aturar, agora.”
“Uau, quem é essa personificação de Freyja?” Um garoto baixinho perguntou entrando em nosso caminho.
“Merida, Melequento. Melequento, minha namorada, Merida.” Soluço nos apresentou dando ênfase na palavra namorada.
“È um prazer conhecê-la, ruivinha.” Melequento disse beijando minha mão.
“Não me chame de ruivinha.” Ordenei, lançando um olhar feio para o garoto e puxando minha mão de volta.
“Ahá, essa é uma das minhas!” Comentou uma garota loira, dando um soco de leve em meu ombro. “Eu sou Cabeça-Quente, o imbecil ali é meu irmão, Cabeça-dura.”
Um garoto parecido com ela acenou do outro lado do salão, antes de voltar a devorar um frango inteiro.
“Ele é mal educado assim mesmo, não ligue não.” Cabeça-Quente sussurrou, cobrindo a boca com a palma de sua mão.
“Então essa é a Merida?” Perguntou uma garota muito parecida com Astrid, só que ela usava roupas diferentes e tinha o cabelo preto. “Prazer sou Heather.”
“Merida Dunbroch.” Falei, apertando a mão fria da garota e em seguida a de um garoto loiro e gordinho que havia parecido: È você é?”
“Perna-de-Peixe.” Ele se apresentou e largou minha mão desaparecendo em meio a multidão do salão.
“O que deu nele?”
“Só está envergonhado. È normal isso acontecer.” Soluço respondeu e um vulto negro apareceu ao lado dele.
“Banguela!” Gritei de felicidade, largando Soluço e indo abraçar o Fúria da noite. “Ah, Banguelinha, se você soubesse como eu senti sua falta..."
“Banguelinha?” Heather perguntou rindo.
“”È o apelido dele, ué.” Falei apertando com força o pescoço do dragão.
“Merida e Jack tem mania de colocar apelido em todo mundo. È como um hobbie para eles.” Soluço explicou e Banguela soltou um ganido estranho, como se eu estivesse sufocando-o.
“Desculpa.” Murmurei largando o dragão e posou seu focinho em minha testa.
“Ok, você já conhece todo mundo, agora vamos.” Soluço disse, segurando meu pulso e arrastando para longe de seus amigos.
“Até mais.” Gritei para eles e em seguida encarei meu viking com uma sobrancelha erguida.
“O que?” Ele perguntou chateado. “Você acha que a única pessoa possessiva por aqui?”
“Está com ciúmes?” Perguntei brincando e para minha surpresa, Soluço não negou:
“Estou morrendo de ciúmes.”
Eu ri e dei um beijo na bochecha de Soluço, entrelaçando minha mão na dele. O viking sorriu e me conduziu para uma janela que ficava em um canto escuro do salão.
“Você fica fofo quando está enciumado.” Comentei acariciando o rosto do meu viking.
“Infelizmente, não posso dizer o mesmo de você.” Soluço retrucou rindo e eu dei um tapinha de leve em sua bochecha, enquanto ria baixinho.
“Como está Jack e Rapunzel? Não os vejo há alguns meses...” Soluço perguntou com saudades de nossos amigos.
“Eles estão bem, recebi a visita de Jack no inverno passado e a de Rapunzel na primavera passada.” Contei sorrindo, ao me lembrar das visitas deles. “Eles me pareceram felizes com essa nova vida, morrendo de saudades, mas felizes.”
“E Lilith? Tem visto ela?”
“Não. Ela não contatou nenhum de nós. Rapunzel disse que ela estava em uma missão.”
“Missão?” Soluço parecia tão confuso quanto o resto de nós.
“Ela não chegou a dizer o que se tratava... Acho que deve alguma coisa relacionada a irmã dela.” Especulei sem ter muita certeza.
“E o Jamie e a Sophie, eles estão bem?”
“Estão. Jamie vai entrar para colegial ainda esse ano e virou aprendiz do Norte. E a Sophie, virou aprendiz do Coelhão.”
“Aprendiz?”
“É, se acabar rolando algo que deixe os guardiões feridos, os aprendizes poderão temporariamente assumir o cerne. Isso acontecia muito no passado, mas se tornou desnecessário nos tempos de paz.”
“Isso quer dizer que não estamos em paz?” Soluço perguntou parecendo receoso quanto a minha resposta.
Suspirei e segurei as mãos dele, arrumando coragem para falar.
“Há algum tempo... Jamie, Jack, Rapunzel e eu, viemos tendo alguns sonhos, ou melhor dizendo, pesadelos.” Revelei a Soluço, que paralisou aonde estava.
“Vocês também?” Ele perguntou com a voz seca e eu assenti.
“Agora, me diga. Se nós fizemos Breu sumir da face da terra... por que ainda estamos tendo pesadelos?” Questionei e vi que Soluço ainda não havia pensado nisso.
“Acha que ele pode estar se reerguendo?” O viking perguntou, sendo cauteloso com suas palavras.
“Creio que não. Nossa luz destruiu tanto a alma, quanto o corpo dele. Se Breu conseguisse sobreviver a isso, estaria no Mundo Negro e os únicos que tem acesso a esse lugar são Jamie e Lilith.” Revelei me lembrando das informações que Rapunzel me contou durante sua visita.
“E nenhum dos dois iriam trazê-lo de volta.” Soluço acrescentou, desviando seu olhar para a noite do lado de fora da janela. “Se não é Breu... quem é então?”
“Não sei, mas sinto que ela é muito mais perigosa.” Comentei estremecendo de leve.
“Ela?” Soluço indagou franzindo a testa.
“Nos meus sonhos, eu ouço a voz de uma mulher e quando eu vinha para Berk, o corvo da bruxa disse que ‘ela está se voltando’. Coincidência? Acho que não. De qualquer foram devemos ficar alertas, ela pode retornar a qualquer momento.” Meus olhos começaram a lacrimejar. “Eu não quero voltar para guerra, Soluço. EU não que te perder novamente."
“Shh...” Soluço m tranquilizou, enterrando minha cabeça em seu peito e me envolvendo com seus braços franzinos. “Ninguém vai perder ninguém. Estamos mais velhos e mais maduros agora, conhecemos os limites de nossa força, tanto física quanto sobrenatural. E essa é a melhor arma que poderemos usar.”
“Promete, que não vai fazer algo estúpido e morrer?” Perguntei erguendo a cabeça e olhando nos olhos verdes do meu viking.
“Eu prometo. Seja o que for que iremos enfrentar, estaremos nessa juntos, até o fim.” Ele prometeu e nossos lábios selaram essa grande promessa.
***
Já era tarde, quando a festa começou a terminar no grande salão. A maioria dos vikings já retornava as suas casas e isso incluía Stoick, Soluço e eu. Apesar de ainda não ser uma viking.
“Certo, você dorme aqui no meu quarto, que eu durmo lá em baixo.” Soluço disse me cobrindo com uma grossa colcha de pelos. “Durma bem e tenha bons sonhos.”
“Soluço.” Chamei-o, quando ele já estava quase descendo a escada para o andar de baixo.
“Sim?” Ele perguntou, girando e me fitando com seus olhos esmeraldas.
Abaixei a cabeça, sentindo que meu rosto estava em brasas.
“Hã... você pode dormir aqui comigo?” Perguntei e ergui a cabeça vendo Soluço me analisar, antes de girar novamente.
“Pai, posso dormir junto com a Merida?” Soluço pediu para Stoick que estava na cozinha do andar de baixo.
“Claro, filho. Se for só dormir...” Stoick respondeu e Soluço enterrou a cabeça nas mãos, me fazendo rir baixinho.
O viking ouviu minha risada e sorriu, contornando a cama e sentando no lado esquerdo. Ele tirou suas botas e seu casaco de pele, antes de se juntar a mim debaixo das cobertas.
“Se for só dormir...” Soluço resmungou puxando-me para seu peito. “Ele acha que eu sou o que?”
“Um garoto que visitou os novos tempos.” Sussurrei sentindo Soluço estremecer de leve, enquanto meus braços o esquentavam.
“Mesmo assim eu sou o mesmo, só um pouco mais bacana.” Soluço comentou, terminando a frase com um longo bocejo.
“Para de falar e vá dormi.” Ordenei e o viking assentiu, me abraçando com força. “Amanhã você vai ter que me mostra toda Berk.”
Soluço soltou um resmungo em concordância e parou de se mexer. Aos poucos senti minhas pálpebras ficarem pesadas e me vi mergulhando em um lugar escuro. Comecei a ficar desesperada por não ver nada, quando na escuridão eu vi uma luz amarela e brilhante. Corri na direção dela, mas quando eu a encontrei, vi que não era uma luz e sim dois brilhantes olhos amarelos.
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